Muitas pessoas das gerações X e Y vivenciaram a busca por uma produtividade inesgotável com base na ideia de aproveitar as oportunidades a todo custo. Mas pesquisas e dados mostram que a Geração Z vem enxergando e vivenciando a vida e as relações de forma diferente e buscando um estilo de vida mais leve, que prioriza a saúde mental. Essa tendência vem sendo chamada de Soft Life, ou ‘vida leve’ na tradução em Português.
Na vida amorosa, o estilo Soft Life se traduz na busca por relacionamentos sem estresse, com leveza, equilíbrio e sobretudo amizade.
Desse modo, convidamos você a conhecer o termo e entender como essa tendência impacta os relacionamentos.
O que é Soft Life?
O estilo de vida Soft Life foca no autocuidado, bem-estar emocional, redução do estresse e, consequentemente, em relações mais saudáveis. O termo surgiu nas redes sociais em resposta à cultura da correria.
Aplicado à vida profissional, o estilo de vida Soft Life significa um maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
No lado romântico da vida, a ‘vida leve’ representa relacionamentos com menos intensidade e mais segurança emocional e estabilidade financeira.
Saúde mental é prioridade
Segundo estudo internacional da American Psychological Association, a Geração Z busca ativamente soluções para o bem-estar emocional. Além disso, os jovens encaram a felicidade como resultado de fatores não apenas externos, mas também internos, como o equilíbrio emocional.
Assim, ao apostar no estilo de vida Soft Life, a Geração Z está abrindo caminhos e perspectivas de aceitação de estilos de vida que mais se ajustem a suas novas prioridades.
Relacionamentos amorosos sem estresse
O estilo de vida Soft Life aposta em bem-estar emocional. Com isso, os relacionamentos que mais agradam os jovens hoje geralmente começam com atributos que vão além de uma paixão romântica.
Pesquisa realizada em 2025 pelo site de relacionamento MeuPatrocínio mostra que os atributos mais importantes em um relacionamento para a Geração Z são:
- segurança emocional, com 38% dos votos;
- estabilidade financeira, com 34% das escolhas.
No levantamento, era possível marcar até três características que a pessoa julgasse mais relevantes ao buscar alguém para se relacionar.
“Normalmente, o clichê dos filmes de romance é representar duas pessoas estranhas que se esbarram por aí e acabam se apaixonando, mas na vida real isso ocorre quase sempre de outra forma. As pessoas estão mais propensas a começar a se relacionar com uma amizade, onde já há uma intimidade e confiança, o que facilita essa transição para um romance”, analisa Caio.
Um tipo de relacionamento frequentemente associado a segurança emocional, estabilidade financeira e amizade é a hipergamia, ou relacionamento Sugar, que vem ganhando o interesse dos jovens nos últimos anos.
O que é hipergamia?
A hipergamia, ou relacionamento Sugar, é um tipo de relacionamento em que uma das pessoas tem um status econômico e social superior – é mais rica, tem influência em sua profissão, possui um vasto networking – e, por isso, apoia financeiramente a outra pessoa.
Em geral, a mulher que vive relacionamentos Sugar é chamada de Sugar Baby e o homem, de Sugar Daddy, expressões criadas ainda no início do século 20 nos Estados Unidos.
“O relacionamento Sugar é formado por pessoas que priorizam relações sem pressões e sem joguinhos. A proposta é que tudo seja leve, com transparência e base no diálogo”, resume Caio.
Assim, a hipergamia mostra-se uma opção interessante para quem adota o estilo de vida Soft Life.
Na mídia: O Globo
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